terça-feira, 27 de abril de 2010

Direito administrativo para concursos

Para quem quer estudar para o concurso de Oficial de Justiça (e para outros concursos também): http://www.brunosilva.adv.br/indic-adm.htm

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Novos capítulos disponíveis

Já estão disponíveis nove capítulos:

Capítulo I - A primeira favela. O lado pobre da rica cidade de São Paulo

Capítulo II - Estudando para o concurso público: de filhinho de papai (adolescência) a Oficial de Justiça (fase adulta)

Capítulo III - A vara criminal

Capítulo IV - Os bandidos, as vítimas e as testemunhas

Capítulo V - Minha mãe, as mães dos bandidos e as mães das vítimas. Família, pobreza e criminalidade

Capítulo VI - Investigadores de polícia, carteiros, cobradores de ônibus e taxistas

Capítulo VII - Advogados, juízes e outras espécies da fauna judiciária

Capítulo VIII - O dia em que, sem querer, plantei uma nulidade em um processo criminal

Capítulo IX - O dia em que evitei fosse plantada uma nulidade em um processo criminal

Os demais tópicos do livro, ainda não disponíveis neste Blog, são os seguintes:

10. O centro de São Paulo. O fórum e o elevador do fórum.

11.O Carandiru e outros presídios.

12.As delegacias de polícia. O problema da segurança pública em São Paulo.

13.A corrupção na polícia e no Judiciário.

14.Políticos, empresários e prostitutas.

15.Crime de rico e crime de pobre.

16.A Associação dos Oficiais de Justiça, os sindicatos dos servidores do Judiciário e as greves de 1989 e de 1990. O reajuste de 150% nos salários dos oficiais de justiça.

17.A parte boa de São Paulo.

18.Dando “carteirada” como Oficial de Justiça.

19. Passei no vestibular e fui estudar Direito na USP.

20.A liberdade que o dinheiro proporciona.

21.Os desafios seguintes.

22.Conclusões.

9.O dia em que eu evitei fosse plantada uma nulidade em um processo criminal.

Nós tínhamos prazo de trinta dias para cumprir os mandados em que não havia uma audiência especificada. Se não cumpríssemos nesse prazo, teríamos de pedir por escrito mais prazo para o juiz, explicando o motivo do atraso. Invariavelmente o motivo era excesso de serviço. Evidentemente, sempre o juiz dava mais prazo, porque ele não teria outra opção: ou dava mais prazo ou abria processo administrativo contra o oficial de justiça... Mas eu não gostava de pedir prazo, preferia deixar meu trabalho sempre em dia e não ter aborrecimentos.
Um dia estava com um mandado para intimar um réu de uma sentença condenatória com o prazo quase estourando. Eu já tinha ido ao endereço, mas ele não estava lá. Eu não me lembro, mas com certeza deveria ter deixado recado para ele ir me procurar no fórum, pois era o procedimento que eu adotava, para não ter de voltar várias vezes a um mesmo endereço.
Só que quem me procurou foi o advogado desse réu. clique aqui para continuar...

8.O dia em que, sem querer, eu plantei uma nulidade em um processo criminal.

Um dia eu cheguei cedo no cartório e fui recebido com alvoroço. Um colega, antes mesmo de me dar bom dia, foi logo me dizendo:
- Bruno, o que foi que você fez? O Promotor que está substituindo na vara está furioso com você!
Na hora eu não entendi nada. Imaginei que estaria havendo uma confusão. Eu estava voltando de férias e estava mais do que relaxado. Respondi calmamente:
- Esse cara é um mané. Deve estar me confundindo com outra pessoa.
O tal Promotor que estava temporariamente na vara era um desses tipinhos que encarna a figura estereotipada do jovem bem sucedido, oriundo de uma classe social mais elevada, que decide ser promotor de justiça clique aqui para continuar...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Capítulo VII - Advogados, juízes e outras espécies da fauna judiciária.

Se o público comum que eu encontrava nas minhas diligências variava da classe E à classe A, o mesmo posso dizer dos advogados. Vi desde o advogado semi-analfabeto até o medalhão famoso.
Não é possível dizer como era o perfil ou o comportamento padrão dos advogados criminalistas que conheci, nem mesmo tentando generalizar. Alguns eram muitos jovens, outros muitos velhos; alguns eram ótimos de papo, outros carrancudos; tinha advogado que era político, advogado que só trabalhava no convênio da assistência judiciária gratuita, advogado com escritório do mais alto luxo, advogado que trabalhava em verdadeiras espeluncas, advogado que só defendia bandido rico, digo, réu rico etc. Alguns advogados usavam diversas artimanhas para atrasar ou anular o processo, outros faziam questão de agir de forma estritamente correta para adquirir ou manter o respeito perante os juízes. Tinha de tudo mesmo.
Os advogados mais cultos, em geral, não davam muito papo para mim. No máximo eram gentis e me parabenizavam por ser “tão novo e já oficial de justiça”... Alguns advogados, ao contrário, adoravam conversar e contar vantagem. Com esses era diversão na certa.
Uma vez eu fiquei conversando com um advogado brega e burrão clique aqui para continuar...