terça-feira, 2 de março de 2010

5.Minha mãe, as mães dos bandidos e as mães das vítimas. Família, pobreza e criminalidade.

Eu saía de manhã para trabalhar e minha mãe, invariavelmente, estava dormindo. Mas eu tinha que ir acordar ela para me despedir. Ela sempre me perguntava:
- Vai fazer coisa perigosa?
Por fazer coisa perigosa entenda-se citar ou intimar bandidos. Eu então respondia:
- Não, mãe, hoje só tem advogado e testemunha.
Passei quase dois anos enganando a minha mãe com essa história. Se fosse verdade, os processos só teriam advogados e testemunhas, nunca réus... O fato é que essa mentira conseguia deixá-la tranqüila e ela voltava a dormir.
Todas as mães dos bandidos que conheci achavam que os filhos não tinham feito nada, que era tudo culpa dos amigos etc. A história das tais “más companhias” é verdade: elas sempre achavam que o filho apenas estava junto com os amigos que tinham cometido os crimes ou que ele fora influenciado pelos maus amigos. Às vezes a culpa era da namorada. Nunca do filho.
Um caso interessante ocorreu em um bairro de classe baixa, mas que não era dos piores. Eu fui citar o réu na casa dele e, lá chegando, clique aqui para continuar...

Um comentário:

  1. Amigo, vc está invertendo tudo em relação sociedade e Estado.
    Não foi o Estado da Suécia que fez o pvo ser desenvolvido, foi a sociedade da Suécia que fez o Estado da suécia.
    O Estado de qualquer país é só reflexo de sua sociedade. E no Brasil não é diferente. O Estado é reflexo do povo.
    Boa parte de nosso povo, pricipalmente na periferia, não gosta de estudar, enrola no trabalho e sempre que pode burla uma lei para conseguir algo. E esse povo é que formou nosso Estado.
    Não existe um governo salvador em lugar nenhum do mudo capaz de mudar uma sociedade, o que existe é uma sociedade capaz de mudar todo um país.

    A família é a base fundamental de qualquer sociedade e infelizmente cada vez mais a família tem sido desestruturada em nosso mundo.
    Qauntas mães desses jovens nem reclamam quando esses jovens trazem dinheiro ou outras coisa pra dentro de casa. e isso acontece também com a mulheres; quantas mulheres nem sequer querem saber o que seus maridos fazem para ganhar dinheiro, só querem saber co cartão de crédito na mão...e assim vai.
    Em boa parte da sociedade brasileira existe a política do "jeitinho" e sempre aquela aversão as leis e normas do Estado. E o Estado subsiste com essas pessoas brasileiras que vivem na política do "jeitinho".
    Países de primeiro mundo só desnvolvidos porque lá as pessoas gostam de trabalhar, estudar, cumprir leis, e tem um certo valor em uma determinada religião.

    O Brasil já começou errado, e continua errado. Religão, família, estudo e trabalho no Brasil não é prioridade, e um país de essas base nunca vai se desenvolver.

    E ainda tem outras coisas mais profundas, como por exemplo, que todos os países que passaram pela reforma protestante hoje são desenvolvidos e poucos, mas poucos países católicos são desenvolvidos e pior ainda, países que cultuam outras religiões pagãs são menos desnvolvidos ainda...
    Mas isso gera um grande discussão...
    Enfim o Estado é só um reflexo de seu próprio povo....

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