O conceito de “liberdade” é bastante subjetivo. Eu tive a exata noção disso quando comecei a ganhar mais dinheiro depois que veio o pagamento, em 1990, da gratificação de 150%. Foi aí que passei a ter acesso a um monte de coisas, tal como vimos em capítulos anteriores.
Em janeiro de 1991, fiz a minha primeira viagem ao exterior, graças ao dinheiro obtido com o trabalho como Oficial de Justiça, óbvio. Meu inglês era péssimo e eu só conseguia me virar com o portunhol. Decidi ir para Cuba, conhecer o “socialismo real”, a arquitetura da cidade de Havana e, óbvio, as praias do Caribe. A VASP tinha uns vôos charter saindo de São Paulo, eu comprei um pacote, e passei uma semana em Havana. Foi uma experiência bastante interessante e decidi que poderia partir para outras aventuras.
Eu estava com uma bela poupança, continuava ralando como Oficial de Justiça e cada vez mais puto com isso. Uma coisa é estar levando uma vida dura quando se está sem dinheiro; outra coisa, muito diferente, é quando se está com dinheiro do bolso.
Ao mesmo tempo, minhas tentativas de ir para uma vara cível tinham sido frustradas.
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Muito bacana o texto!
ResponderExcluirSuper agradável de ler!
Continue a escrever!
Abraço
Cara, vc nada falou sobre a viagem a Cuba, por quê? Foi decepcionante?
ResponderExcluirNão (tirando o fato de que eu não peguei ninguém). Essa viagem rendeu o primeiro artigo jurídico que publiquei ("Os advogados e o exercício da advocacia em Cuba"). Talvez a coisa mais pitoresca para contar seja a passeata favorável ao Governo que vi, em que as pessoas xingavam os EUA e gritavam que o "Comandante" tinha "cojones"... Acho que isso não rolaria nos dias de hoje.
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirEncantada com suas aventuras...kkk adorei..
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